O Serviço Social é uma profissão que surgiu no final do século XIX e início do século XX, no contexto de transformações sociais e políticas que ocorreram na Europa e nos Estados Unidos. No Brasil, o Serviço Social se desenvolveu a partir dos anos 1930, com a institucionalização da assistência social e a criação do Conselho Nacional de Serviço Social.
A partir dos anos 1960, ocorreu um movimento de crítica e questionamento em relação às bases teórico-metodológicas do Serviço Social, que ficou conhecido como "Reconceituação". Esse movimento surgiu principalmente na América Latina e teve como objetivo repensar o papel do Serviço Social na sociedade, a partir de uma visão crítica do contexto político, social e econômico em que a profissão se insere.
A Reconceituação acolheu uma revisão das concepções teóricas e metodológicas que embasavam o Serviço Social, com o objetivo de superar uma visão conservadora e funcionalista da profissão e buscar uma práxis crítica e transformada. Foram novas propostas teóricas, como o marxismo e a teoria crítica, e novos métodos de intervenção, como a pesquisa-ação e a intervenção comunitária.
Assim, a Reconceituação admitiu uma ruptura com o modelo tradicional do Serviço Social, que se restringe a ações assistenciais e caritativas, e defendeu a necessidade de uma intervenção mais ampla e transformadora na realidade social. A partir desse movimento, o Serviço Social passou a se consolidar como uma profissão crítica e comprometido com a luta pelos direitos sociais e pela transformação das relações sociais.
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